Wollner, Alexandre
"Todo trabalho malfeito deve ser criticado, porque a sociedade aprende muito com isso"
"Todo trabalho malfeito deve ser criticado, porque a sociedade aprende muito com isso"
Biografia
Alexandre Wollner (São Paulo SP 1928). Designer gráfico. Inicia seus estudos no curso de design visual do Instituto de Arte Contemporânea - IAC, criado no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, em 1950, onde estuda com Lina Bo Bardi (1914 - 1992), Poty (1924 - 1998) e Sambonet (1924 - 1995). Colabora com Pietro Maria Bardi (1900 - 1999) na montagem da exposição retrospectiva de Max Bill (1908 -1994), no Masp, em 1951. Interessado no movimento concretista, vincula-se, em 1953, ao Grupo Ruptura, e apresenta suas obras construtivas na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Ainda em 1953 é selecionado por Max Bill para estudar na Hochschule für Gestaltung [Escola Superior da Forma] em Ulm, Alemanha, onde permanece entre 1954 e 1958. Ao retornar ao Brasil, inaugura, com Geraldo de Barros (1923 - 1998), entre outros, o Form-Inform, o primeiro escritório de design do país. Em 1963, participa da estruturação e criação da Escola Superior de Desenho Industrial - ESDI, no Rio de Janeiro, a primeira instituição de design de nível superior no país. Na década de 1960, abre o próprio escritório de programação visual, onde desenvolve logotipos para grandes empresas. Expõe seus projetos no Masp e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1980, e faz a opção por uma mostra que enfatize o processo de criação, execução e implementação de um programa de identidade visual. Em 1999, o Centro de Comunicação e Artes do Senac, em São Paulo, promove a sua segunda exposição individual. Em 2003, Wollner comemora seus 50 anos de design, com o livro Design Visual 50 Anos, e com a exposição de suas fotografias no Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo.
Comentário Crítico
Alexandre Wollner é um dos responsáveis pela profissionalização do design no Brasil. Filho de imigrantes iugoslavos, interessa-se pelo desenho na infância. A partir de 1942, tem aulas nos ateliês da Associação Paulista de Belas Artes. Com 22 anos, entra no curso de iniciação artística do Instituto de Arte Contemporânea - IAC, do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Segundo Wollner, a escola é "um centro de estudo e divulgação dos princípios das artes plásticas, visando formar jovens que se dediquem à arte industrial".1 A vivência no IAC permite que ele perceba a possibilidade "da participação social e cultural do artista por meio do design".2 Estuda com Lina Bo Bardi (1914 - 1992), Poty (1924 - 1998) e Sambonet (1924 - 1995).
Em 1951, o Masp o contrata como assistente de montagem da exposição do artista suíço Max Bill (1908 - 1994). O contato com a obra desse artista o aproxima do rigor e objetividade da arte concreta. Interessado no movimento concretista, ele adere, em 1953, ao Grupo Ruptura e apresenta suas pinturas construtivas na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Os trabalhos são agraciados com o Prêmio Pintura Jovem Revelação Flávio de Carvalho. Nesse ano, Max Bill o escolhe para uma vaga na Hochschule für Gestaltung Ulm [Escola Superior da Forma de Ulm], na Alemanha. No período, cria cartazes para mostras de cinema, em parceria com Geraldo de Barros (1923 - 1998), e, em 1954, realiza o cartaz da 3ª Bienal Internacional de São Paulo.
No curso em Ulm, iniciado em 1954, freqüenta as aulas de Tomás Maldonado (1922), Max Bense e Josef Albers (1888 - 1976). Entra em contato com a concepção mais pragmática do design, vista como parte do processo industrial, marcante para sua formação. Na escola, ele também realiza as primeiras fotografias.
Em 1958, Wollner retorna ao Brasil. Nesse ano, funda o Form-Inform, com Geraldo de Barros, Rubem de Freitas Martins e Walter Macedo. O escritório faz os primeiros programas de identidade visual para empresas brasileiras, cuidando de toda a imagem corporativa, do logotipo à embalagem e tipografia. A equipe remodela algumas marcas como Elevadores Atlas e Sardinhas Coqueiro. Em 1962, fora do Form-Inform, inicia, com o artista gráfico Aloísio Magalhães (1927 - 1982), um curso de tipografia no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. A experiência é o embrião da Escola Superior de Desenho Industrial - ESDI, pioneira na introdução do moderno design no Brasil, inaugurada no Rio de Janeiro em 1963.
Na década de 1960, Wollner abre o próprio escritório de programação visual. Desenvolve logotipos para a Metal Leve (1963) e a Eucatex (1967). Em 1970, é eleito presidente da Associação Brasileira de Desenho Industrial - ABDI. Permanece no cargo até 1974. Realiza a programação visual da Bienal da América Latina em 1978. Dois anos depois, mostra seus projetos no Masp e no MAM/RJ. Opta por uma exposição "que mostre o processo de criação, execução e implementação de um programa de identidade visual".3 Em 1999, o Centro de Comunicação e Artes do Senac, em São Paulo, promove a sua segunda exposição individual. Em 2003, Wollner comemora seus 50 anos de design, com o livro Design Visual 50 Anos, publicado pela Cosac & Naify, e a exposição de suas fotografias no Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo.
Nascimento
1928 - São Paulo SP - 16 de setembro
Formação
1951/1953 - São Paulo SP - Estuda programação visual no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp
1954/1958 - Ulm (Alemanha) - Estuda na Hochschule für Gestaltung Ulm [Escola Superior da Forma de Ulm] a convite de Max Bill (1908 - 1994)
1957/1958 - Alemanha - Faz estágio no escritório Entwicklung 5, de OHL Aicher e Fritz Queren Gasser, participando dos projetos da Lufthansa e da Braun
1971 - Toronto (Canadá) - Faz estágio, a convite do governo canadense, no curso Design Management Studies na Universidade de Toronto
1971 - México - Faz estágio no Centro de Design do Instituto Mexicano de Comércio Exterior
Cronologia
Designer gráfico
1954 - São Paulo SP - Premiado no concurso internacional para a criação do cartaz do 1º Festival Internacional de Cinema do IV Centenário de São Paulo
1955 - São Paulo SP - Premiado no concurso internacional para a criação do cartaz da 3ª Bienal Internacional de São Paulo
1957 - São Paulo SP - Premiado no concurso internacional para a criação do cartaz da 4ª Bienal Internacional de São Paulo
1957 - São Paulo SP - Funda a Form-Inform, em conjunto com Geraldo de Barros (1923 - 1998), Renato Macedo e Ruben Martins, dedicada à criação de marcas e de logotipos
1961 - São Paulo SP - Cria e assume a dreição do departamento de design da Panam Casa de Amigos e Agência de Publicidade
1961/1962 - Rio de Janeiro RJ - Organiza o curso de especialização profissional em tipografia e comunicação visual no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1962 - Premiado no concurso nacional para a criação do novo símbolo da Varig
1965 - São Paulo SP - Recebe prêmio de Melhor Calendário do Ano, Planegraphis outorgado pela Prefeitura Municipal de São Paulo
1970 - São Paulo SP - Recebe prêmio de Melhor Calendário do Ano, Planegraphis outorgado pela Prefeitura Municipal de São Paulo
1987 - São Paulo SP - Prêmio Profissional do Ano no 1º Festival Brasileiro de Promoção, Embalagem e Design
Fontes de Pesquisa
5 anos de design gráfico no Brasil: coletânea de portfólios. São Paulo: Market Press, 2000. 127 p., il. color.
AMARAL, Aracy (org.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM, 1977. 357 p., il. p&b.
AS BIENAIS e a abstração: a década de 50. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1978. [60] p., il. color, p&b. (Ciclo de Exposições de Pintura Brasileira Contemporânea).
AYALA, Walmir (org.), CAVALCANTI, Carlos (org.). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - Q - Z. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasilia: MEC : INL, 1973. v. 4, pt. 1, il. p&b. (Dicionário especializado, 5).
GULLAR, Ferreira. Arte Concreta. In: ______. Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta. 2.ed. Rio de Janeiro: Revan, 1998. 304 p., il. p&b.
NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil. 2.ed. Rio de Janeiro: 2AB, 1998. 128 p. (Design).
WOLLNER, Alexandre. Alexandre Wollner. São Paulo: Senac, 1999. [12 p.], il. color.
WOLLNER, Alexandre. Design visual 50 anos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 336 p., il. color.
Guto Indio da Costa
“Design hoje? Indispensável!”
O Designer Brasileiro Guto Índio da Costa, além de possuir excelentes trabalhos, possui acima de tudo visão. Uma visão autêntica, legítima e verdadeira sobre a capacidade do design ir além da estética e trazer melhorias para a qualidade de vida das pessoas.
Guto Indio da Costa
“Design hoje? Indispensável!”
O Designer Brasileiro Guto Índio da Costa, além de possuir excelentes trabalhos, possui acima de tudo visão. Uma visão autêntica, legítima e verdadeira sobre a capacidade do design ir além da estética e trazer melhorias para a qualidade de vida das pessoas.
Perfil: Guto Índio da Costa
Luis Augusto “Guto” Indio da Costa (Rio de Janeiro, 1969) que é um referência no design brasileiro e no exterior, é sinônimo de bom gosto e sofisticação, assim quando se trata de design brasileiro de sucesso, Guto Índio da Costa é do time dos profissionais sempre lembrados.
Ingressou no curso de Desenho Industrial na UniverCidade, no Rio de Janeiro, onde estudou por dois anos, mas acabou optando pelos estudos no Art Center College of Design, na Suíça, onde se graduou.
Está no mercado há mais de 15 anos e sua atuação difere da dos irmãos Campana, pois atinge escala industrial, seja no segmento popular ou de luxo.
Como exemplo de seus projetos cito o ventilador de teto Spirit que lhe rendeu prêmios nacionais e internacionais, e a carteira escolar inclusiva, premiada no concurso de design Handitec, na França que possibilita que cadeiras de rodas entrem por debaixo da mesa atendendo a crianças portadoras, ou não, de necessidades especiais. Além, é claro, das geladeiras e fogões populares e dos quiosques envidraçados na Orla do Rio de Janeiro.
É diretor do escritório Indio da Costa Design, no Rio de Janeiro, e juntamente com seus sócios, Martin Birtel e Eduardo Azevedo, e uma equipe de 20 profissionais, é responsável pela elaboração de projetos inteligentes e lucrativos. A meta da empresa é criar soluções inovadoras, tornando os produtos mais atraentes e seus fabricantes mais competitivos, meta essa que o tornou famoso e bem sucedido. "Antigamente a tecnologia era um patrimônio único e individual de cada empresa. O fator tecnológico fazia a diferença, porém com a difusão da tecnologia e da qualidade do produto, que hoje são requisitos básicos exigidos pelo consumidor, o que diferencia um produto é o preço e o design" diz Guto Indio da Costa, diretor da Indio da Costa Design.
Rico Lins
"É uma função do design funcionalista –quebrar paradigmas, fazer de outra maneira, fazer melhor – porque, para fazer da mesma maneira, não é preciso um designer, basta uma máquina fotográfica ou um scanner ou um desenhista."
Perfil
Um dos mais conhecidos designers brasileiros o carioca Rico Lins retornou ao Brasil há apenas dois anos. Ele trabalhou no exterior desde 1979., mas nem por isso perdeu as raízes nem o jeito brasileiro. O primeiro contato de Rico com o design aconteceu ainda na escola. Uma mini agência de publicidade e a atração pela imagem e pela organização espacial consolidaram a opção adolescente pela faculdade de Comunicação Visual, na ESDI, no Rio de Janeiro em 1973. Lidar com a imagem, na forma de fotografia, desenho animado ou filme e o contato com projetos e professores da escola vanguardista impulsionaram Rico em seus primeiros trabalhos de ilustração. Em 1979, Rico começou uma pós-graduação em artes plásticas, na Université de Paris, sem conseguir uma bolsa ele largou o curso pela metade. Continuou em Paris por mais seis anos, colaborou com jornais e revistas francesas, como Le Monde e o Libération, além de criar ilustrações para livros infantis. Atrás de novas experiência e disposto a apronfundar-se em seu trabalho, mudou-se para Londres em 1986, onde completou o mestrado.
Também foi lá que Rico encontrou um de seus maiores desafios: ilustração para livros destinados a crianças cegas, ou com problemas de liguaguem, percepção e cognição. Algum tempo depois Rico foi convidado para trabalhar no Studio Dumbar, na Holanda e ao mesmo tempo, para ser diretor de arte na CBS Record em Nova York. Rico então optou por Nova York porque lá oferecia um atrativo do "novo mundo" e abria um leque de oportunidades. Rico teve bons clientes como: a MTV Networks, as gravadoras Polygram e RCA e as revistas como Times, e os jornais The Washinton Post e the New York Times. Rico diz nunca ter perdido o contato com o Brasil, ele fez questão de manter a ponte através de exposições, workshops e projetos que envolviam artistas de fora do país. Seus trabalhos estão no acervo do Musée de L`affiche et de lê Publicité, em Paris e do Museo de Arte Conteporânea de São Paulo.
Irmãos Campana
"Gostamos que as coisas tenham funcionalidade, não queremos só um enfeite"
Perfil
Conhecidos internacionalmente como Irmãos Campana, Fernando e Humberto nasceram no interior paulista. O Estúdio Campana surgiu há 21 anos. Humberto, formado em Direito, criava peças, objetos e algum mobiliário e Fernando, arquiteto, foi trabalhar com o irmão. As criações falam e calam aqueles que as contemplam.
Quando o “boom” aconteceu? Em 1994, na exposição no MOMA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque –, com curadoria de Paola Antonelli, inesquecível no cenário do design do Brasil e irreversível no do planeta. Mais do que talento, eles tiveram coragem. Enquanto o design internacional caminhava para a industrialização, Fernando e Humberto seguiram noutra vertente, resgatando as mãos dos artesãos, tecendo novas e exuberantes superfícies e dando outro rumo à expressão contemporânea chamada design.
Uma novidade de múltiplas sonoridades e formatos surpreendentes estava reservada para o Natal de 2005. São os sinos criados com os mestres vidreiros da Venini. O resultado pode ser visto até 18 de dezembro na Moss Galery, em Nova York, numa instalação que ocupa uma parede de 18 m de extensão por 3,5 m de altura. Nela, 175 sinos de cristal de altura máxima de 70 cm se sustentam numa trama de cordas de cânhamo. Um braço de corda pendente permite que os visitantes façam soar a instalação. Cada uma das peças é numerada e assinada - Campane di Campana; Venini per Moss, 2005. Os preços vão de US$ 1.600 a US$ 9.000.
Prêmios da dupla
1992 - Prêmio Aquisição, Museu de Arte Brasileira FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) São Paulo. Biombo Cerca.
1996 - Primeiro Prêmio Categoria Design (1º lugar) XXI Salão de Arte de Ribeirão Preto, SP. Cadeira de Papelão.
1997 - Primeiro Prêmio Categoria Móveis Residenciais (1º lugar) ABIMÓVEL (Associação Brasileira de Industria de Móveis) São Paulo. Mesa Inflável.
1998 - Segundo Prêmio Categoria Móveis Residênciais (2º lugar) Museu da Casa Brasileira, São Paulo. Estante Labirinto.
1999 - Prêmio George Nelson Design Award, Revista Interiors, EUA.
2001 - Prêmio Especial, Museu da Casa Brasileira, São Paulo, Brasil, H.Stern coleção de jóias.
2005 - Le Prix du Nombre d'Or, Salon du Meuble de Paris, França para Fernando e Humberto Campana.
2005 - Primeiro lugar na cDim award da Feira Internacional de Móveis de Valencia pela cadeira Corallo.
Rico Lins
"É uma função do design funcionalista –quebrar paradigmas, fazer de outra maneira, fazer melhor – porque, para fazer da mesma maneira, não é preciso um designer, basta uma máquina fotográfica ou um scanner ou um desenhista."
Perfil
Um dos mais conhecidos designers brasileiros o carioca Rico Lins retornou ao Brasil há apenas dois anos. Ele trabalhou no exterior desde 1979., mas nem por isso perdeu as raízes nem o jeito brasileiro. O primeiro contato de Rico com o design aconteceu ainda na escola. Uma mini agência de publicidade e a atração pela imagem e pela organização espacial consolidaram a opção adolescente pela faculdade de Comunicação Visual, na ESDI, no Rio de Janeiro em 1973. Lidar com a imagem, na forma de fotografia, desenho animado ou filme e o contato com projetos e professores da escola vanguardista impulsionaram Rico em seus primeiros trabalhos de ilustração. Em 1979, Rico começou uma pós-graduação em artes plásticas, na Université de Paris, sem conseguir uma bolsa ele largou o curso pela metade. Continuou em Paris por mais seis anos, colaborou com jornais e revistas francesas, como Le Monde e o Libération, além de criar ilustrações para livros infantis. Atrás de novas experiência e disposto a apronfundar-se em seu trabalho, mudou-se para Londres em 1986, onde completou o mestrado.
Também foi lá que Rico encontrou um de seus maiores desafios: ilustração para livros destinados a crianças cegas, ou com problemas de liguaguem, percepção e cognição. Algum tempo depois Rico foi convidado para trabalhar no Studio Dumbar, na Holanda e ao mesmo tempo, para ser diretor de arte na CBS Record em Nova York. Rico então optou por Nova York porque lá oferecia um atrativo do "novo mundo" e abria um leque de oportunidades. Rico teve bons clientes como: a MTV Networks, as gravadoras Polygram e RCA e as revistas como Times, e os jornais The Washinton Post e the New York Times. Rico diz nunca ter perdido o contato com o Brasil, ele fez questão de manter a ponte através de exposições, workshops e projetos que envolviam artistas de fora do país. Seus trabalhos estão no acervo do Musée de L`affiche et de lê Publicité, em Paris e do Museo de Arte Conteporânea de São Paulo.
Irmãos Campana
"Gostamos que as coisas tenham funcionalidade, não queremos só um enfeite"
Perfil
Conhecidos internacionalmente como Irmãos Campana, Fernando e Humberto nasceram no interior paulista. O Estúdio Campana surgiu há 21 anos. Humberto, formado em Direito, criava peças, objetos e algum mobiliário e Fernando, arquiteto, foi trabalhar com o irmão. As criações falam e calam aqueles que as contemplam.
Quando o “boom” aconteceu? Em 1994, na exposição no MOMA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque –, com curadoria de Paola Antonelli, inesquecível no cenário do design do Brasil e irreversível no do planeta. Mais do que talento, eles tiveram coragem. Enquanto o design internacional caminhava para a industrialização, Fernando e Humberto seguiram noutra vertente, resgatando as mãos dos artesãos, tecendo novas e exuberantes superfícies e dando outro rumo à expressão contemporânea chamada design.
Uma novidade de múltiplas sonoridades e formatos surpreendentes estava reservada para o Natal de 2005. São os sinos criados com os mestres vidreiros da Venini. O resultado pode ser visto até 18 de dezembro na Moss Galery, em Nova York, numa instalação que ocupa uma parede de 18 m de extensão por 3,5 m de altura. Nela, 175 sinos de cristal de altura máxima de 70 cm se sustentam numa trama de cordas de cânhamo. Um braço de corda pendente permite que os visitantes façam soar a instalação. Cada uma das peças é numerada e assinada - Campane di Campana; Venini per Moss, 2005. Os preços vão de US$ 1.600 a US$ 9.000.
Prêmios da dupla
1992 - Prêmio Aquisição, Museu de Arte Brasileira FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) São Paulo. Biombo Cerca.
1996 - Primeiro Prêmio Categoria Design (1º lugar) XXI Salão de Arte de Ribeirão Preto, SP. Cadeira de Papelão.
1997 - Primeiro Prêmio Categoria Móveis Residenciais (1º lugar) ABIMÓVEL (Associação Brasileira de Industria de Móveis) São Paulo. Mesa Inflável.
1998 - Segundo Prêmio Categoria Móveis Residênciais (2º lugar) Museu da Casa Brasileira, São Paulo. Estante Labirinto.
1999 - Prêmio George Nelson Design Award, Revista Interiors, EUA.
2001 - Prêmio Especial, Museu da Casa Brasileira, São Paulo, Brasil, H.Stern coleção de jóias.
2005 - Le Prix du Nombre d'Or, Salon du Meuble de Paris, França para Fernando e Humberto Campana.
2005 - Primeiro lugar na cDim award da Feira Internacional de Móveis de Valencia pela cadeira Corallo.